Salmo 77 completo

¹ Clamei a Deus com a minha voz, a Deus levantei a minha voz, e ele inclinou para mim os ouvidos.

² No dia da minha angústia busquei ao Senhor; a minha mão se estendeu de noite, e não cessava; a minha alma recusava ser consolada.

³ Lembrava-me de Deus, e me perturbei; queixava-me, e o meu espírito desfalecia. (Selá.)

⁴ Sustentaste os meus olhos acordados; estou tão perturbado que não posso falar.

⁵ Considerava os dias da antiguidade, os anos dos tempos antigos.

⁶ De noite chamei à lembrança o meu cântico; meditei em meu coração, e o meu espírito esquadrinhou.

⁷ Rejeitará o Senhor para sempre e não tornará a ser favorável?

⁸ Cessou para sempre a sua benignidade? Acabou-se já a promessa de geração em geração?

⁹ Esqueceu-se Deus de ter misericórdia? Ou encerrou ele as suas misericórdias na sua ira? (Selá.)

¹⁰ E eu disse: Isto é enfermidade minha; mas eu me lembrarei dos anos da destra do Altíssimo.

¹¹ Eu me lembrarei das obras do Senhor; certamente que eu me lembrarei das tuas maravilhas da antiguidade.

¹² Meditarei também em todas as tuas obras, e falarei dos teus feitos.

¹³ O teu caminho, ó Deus, está no santuário. Quem é Deus tão grande como o nosso Deus?

¹⁴ Tu és o Deus que fazes maravilhas; tu fizeste notória a tua força entre os povos.

¹⁵ Com o teu braço remiste o teu povo, os filhos de Jacó e de José. (Selá.)

¹⁶ As águas te viram, ó Deus, as águas te viram, e tremeram; os abismos também se abalaram.

¹⁷ As nuvens lançaram água, os céus deram um som; as tuas flechas correram duma para outra parte.

¹⁸ A voz do teu trovão estava no céu; os relâmpagos iluminaram o mundo; a terra se abalou e tremeu.

¹⁹ O teu caminho é no mar, e as tuas veredas nas águas grandes, e os teus passos não são conhecidos.

²⁰ Guiaste o teu povo, como a um rebanho, pela mão de Moisés e de Arão.

Contexto do Salmo 77

O Salmo 77 foi escrito por Asafe, um dos líderes dos levitas nomeados por Davi. Este salmo é uma oração fervorosa que expressa angústia e busca por consolo em Deus. O salmista começa em um estado de desespero, mas encontra esperança ao lembrar-se das obras poderosas de Deus no passado.

A Angústia e a Busca por Deus

O salmista inicia o salmo clamando a Deus em sua angústia e buscando consolo:

“Clamei a Deus com a minha voz, a Deus levantei a minha voz, e ele inclinou para mim os seus ouvidos.” (Salmo 77:1)

Esta abertura reflete a sinceridade e a intensidade da busca do salmista por ajuda divina.

Questionamentos e Reflexões

Em sua aflição, o salmista questiona a fidelidade de Deus e reflete sobre os tempos antigos:

“Rejeitará o Senhor para sempre e não tornará a ser favorável? Cessou para sempre a sua benignidade? Acabou-se já a promessa para todas as gerações?” (Salmo 77:7-8)

Estes questionamentos refletem a luta interna do salmista para entender a ausência aparente de Deus em seu sofrimento.

Recordando as Maravilhas de Deus

A mudança no salmo ocorre quando o salmista começa a lembrar-se das obras poderosas de Deus no passado:

“Eu me lembrarei das obras do Senhor; certamente que eu me lembrarei das tuas maravilhas da antiguidade.” (Salmo 77:11)

Ao meditar nas ações de Deus, o salmista encontra consolo e renovação de fé.

A Soberania de Deus

O salmo conclui exaltando a soberania de Deus e Sua capacidade de guiar Seu povo:

“Guiaste o teu povo como a um rebanho, pela mão de Moisés e de Arão.” (Salmo 77:20)

Este versículo final reflete a confiança renovada do salmista na liderança e no cuidado de Deus.

Quem Escreveu o Salmo 77?

O Salmo 77 é atribuído a Asafe, um dos líderes dos levitas nomeados por Davi. Asafe é conhecido por seus salmos que frequentemente expressam lamento, súplica e confiança em Deus. Neste salmo, ele reflete sobre a angústia pessoal e encontra esperança ao recordar as obras poderosas de Deus.

Salmo 77 completo para imprimir

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Conclusão

O Salmo 77 nos ensina sobre a importância de buscar a Deus em tempos de angústia e encontrar consolo em Suas obras passadas. Mesmo quando enfrentamos dificuldades, podemos renovar nossa fé ao lembrar-nos das maravilhas que Deus realizou. Que possamos, como o salmista, encontrar esperança e consolo na presença de Deus.

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João Paulo

Amo servir à Deus e viver uma vida em comunhão com a minha fé. Buscando um caminho de luz e tentando ao máximo fazer você seguir esse caminho junto comigo.

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Salmo 76 completo

¹ Conhecido é Deus em Judá; grande é o seu nome em Israel.

² E em Salém está o seu tabernáculo, e a sua morada em Sião.

³ Ali quebrou as flechas do arco; o escudo, e a espada, e a guerra. (Selá.)

⁴ Tu és mais ilustre e glorioso do que os montes de caça.

⁵ Os que são ousados de coração são despojados; dormiram o seu sono; e nenhum dos homens de força achou as próprias mãos.

⁶ À tua repreensão, ó Deus de Jacó, carros e cavalos são lançados num sono profundo.

⁷ Tu, tu és temível; e quem subsistirá à tua vista, uma vez que te irares?

⁸ Desde os céus fizeste ouvir o teu juízo; a terra tremeu e se aquietou,

⁹ Quando Deus se levantou para fazer juízo, para livrar a todos os mansos da terra. (Selá.)

¹⁰ Certamente a cólera do homem redundará em teu louvor; o restante da cólera tu o restringirás.

¹¹ Fazei votos, e pagai ao Senhor vosso Deus; tragam presentes, os que estão em redor dele, àquele que é temível.

¹² Ele ceifará o espírito dos príncipes; é tremendo para com os reis da terra.

Contexto do Salmo 76

O Salmo 76 foi escrito por Asafe, um dos líderes dos levitas nomeados por Davi. Este salmo celebra a vitória de Deus sobre os inimigos de Israel, provavelmente em um contexto de guerra ou ameaça iminente. Ele exalta a Deus como o grande defensor de Seu povo e o juiz justo que traz paz e justiça.

O Conhecimento de Deus

O salmista começa reconhecendo a fama e a presença de Deus em Judá e Israel:

“Conhecido é Deus em Judá; grande é o seu nome em Israel.” (Salmo 76:1)

Esta abertura reflete o reconhecimento do poder e da presença de Deus entre Seu povo.

A Proteção Divina

O salmo destaca a proteção de Deus e Sua capacidade de destruir as armas dos inimigos:

“Ali quebrou as flechas do arco; o escudo, e a espada, e a guerra.” (Salmo 76:3)

Deus é exaltado como o protetor poderoso que desarma os inimigos e traz paz a Seu povo.

A Justiça de Deus

O salmista exalta a justiça de Deus, que é temível e inquestionável:

“Tu, tu és temível; e quem subsistirá à tua vista, uma vez que te irares?” (Salmo 76:7)

A justiça de Deus é vista como um poder supremo que ninguém pode resistir.

A Sua Soberania

O salmo conclui com um chamado para adorar a Deus e reconhecer Sua soberania:

“Fazei votos, e pagai ao Senhor vosso Deus; tragam presentes, os que estão em redor dele, àquele que é temível.” (Salmo 76:11)

Este versículo enfatiza a importância de honrar e adorar a Deus, reconhecendo Sua autoridade sobre todas as nações.

Quem Escreveu o Salmo 76?

O Salmo 76 é atribuído a Asafe, um dos líderes dos levitas nomeados por Davi. Asafe é conhecido por seus salmos que frequentemente celebram a justiça, o poder e a proteção de Deus. Neste salmo, ele exalta a Deus como o defensor de Israel e o juiz supremo sobre todas as nações.

Salmo 76 completo para imprimir

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Conclusão

O Salmo 76 nos ensina sobre a importância de reconhecer e celebrar o poder e a justiça de Deus. Mesmo diante de inimigos e ameaças, podemos confiar que Deus é nosso protetor e juiz justo. Que possamos, como o salmista, exaltar a Deus por Sua soberania e justiça.

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Salmo 75 completo

¹ A ti, ó Deus, glorificamos, a ti damos louvor, pois o teu nome está perto, as tuas maravilhas o declaram.

² Quando eu ocupar o lugar determinado, julgarei retamente.

³ A terra e todos os seus moradores estão dissolvidos, mas eu fortaleci as suas colunas. (Selá.)

⁴ Disse eu aos loucos: Não enlouqueçais, e aos ímpios: Não levanteis a fronte;

⁵ Não levanteis a vossa fronte altiva, nem faleis com cerviz dura.

⁶ Porque nem do oriente, nem do ocidente, nem do deserto vem a exaltação.

⁷ Mas Deus é o Juiz: a um abate, e a outro exalta.

⁸ Porque na mão do Senhor há um cálice cujo vinho é tinto; está cheio de mistura; e dá a beber dele; mas as escórias dele todos os ímpios da terra as sorverão e beberão.

⁹ E eu o declararei para sempre; cantarei louvores ao Deus de Jacó.

¹⁰ E quebrarei todas as forças dos ímpios, mas as forças dos justos serão exaltadas.

Contexto do Salmo 75

O Salmo 75 foi escrito por Asafe, um dos líderes dos levitas nomeados por Davi para ministrar diante da arca da aliança do Senhor. Este salmo é uma expressão de gratidão e confiança na justiça de Deus, reconhecendo Sua soberania e o tempo certo para julgar e exaltar.

Gratidão e Louvor a Deus

O salmista começa expressando gratidão e louvor a Deus:

“Graças te rendemos, ó Deus, graças te rendemos, e invocamos o teu nome, e declaramos as tuas maravilhas.” (Salmo 75:1)

Esta abertura reflete o reconhecimento das maravilhas de Deus e a importância de louvá-Lo continuamente.

A Justiça Divina

O salmo enfatiza a justiça de Deus, que julga retamente no tempo determinado:

“Quando chegar o tempo determinado, eu julgarei retamente.” (Salmo 75:2)

Deus é o juiz supremo, que decide o destino dos justos e dos ímpios. Sua justiça é perfeita e se manifesta no tempo certo.

A Soberania de Deus

O salmista destaca que a exaltação não vem de nenhuma direção terrena, mas de Deus:

“Porque nem do oriente, nem do ocidente, nem do deserto vem a exaltação. Mas Deus é o juiz: a um abate, e a outro exalta.” (Salmo 75:6-7)

Este versículo reforça a soberania de Deus sobre todas as coisas e Sua autoridade para exaltar ou abater conforme Sua vontade.

A Taça da Ira Divina

O salmo também menciona a taça da ira de Deus, que será dada aos ímpios:

“Porque na mão do Senhor há um cálice, cujo vinho fermenta; está cheio de mistura, e dá a beber dele; mas todos os ímpios da terra sorverão, e beberão as suas fezes.” (Salmo 75:8)

Este simbolismo reflete o julgamento e a retribuição que os ímpios receberão por suas ações.

Quem Escreveu o Salmo 75?

O Salmo 75 é atribuído a Asafe, um dos líderes dos levitas nomeados por Davi. Asafe é conhecido por seus salmos que frequentemente abordam temas de justiça divina, louvor e confiança na soberania de Deus. Neste salmo, ele expressa gratidão pela justiça de Deus e reafirma a confiança na Sua soberania.

Salmo 75 completo para imprimir

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Conclusão

O Salmo 75 nos ensina sobre a importância de louvar a Deus e confiar em Sua justiça e soberania. Mesmo diante das injustiças e desafios, podemos confiar que Deus julgará retamente no tempo certo e exaltará os justos. Que possamos, como o salmista, expressar nossa gratidão a Deus e confiar em Sua perfeita justiça.

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Salmo 74 completo

¹ Ó Deus, por que nos rejeitaste para sempre? Por que se acende a tua ira contra as ovelhas do teu pasto?

² Lembra-te da tua congregação, que compraste desde a antiguidade; da vara da tua herança, que remiste; deste monte Sião, em que habitaste.

³ Levanta os teus pés para as perpétuas assolações, para tudo o que o inimigo tem feito de mal no santuário.

⁴ Os teus inimigos bramam no meio dos teus lugares santos; põem neles as suas insígnias por sinais.

⁵ Um homem se tornava famoso, conforme houvesse levantado machados, contra a espessura do arvoredo.

⁶ Mas agora toda obra entalhada de uma vez quebram com machados e martelos.

⁷ Lançaram fogo no teu santuário; profanaram, derrubando-a até ao chão, a morada do teu nome.

⁸ Disseram nos seus corações: Despojemo-los duma vez. Queimaram todos os lugares santos de Deus na terra.

⁹ Já não vemos os nossos sinais, já não há profeta, nem há entre nós alguém que saiba até quando isto durará.

¹⁰ Até quando, ó Deus, nos afrontará o adversário? Blasfemará o inimigo o teu nome para sempre?

¹¹ Porque retiras a tua mão, a saber, a tua destra? Tira-a de dentro do teu seio.

¹² Todavia Deus é o meu Rei desde a antiguidade, operando a salvação no meio da terra.

¹³ Tu dividiste o mar pela tua força; quebrantaste as cabeças das baleias nas águas.

¹⁴ Fizeste em pedaços as cabeças do leviatã, e o deste por mantimento aos habitantes do deserto.

¹⁵ Fendeste a fonte e o ribeiro; secaste os rios impetuosos.

¹⁶ Teu é o dia e tua é a noite; preparaste a luz e o sol.

¹⁷ Estabeleceste todos os limites da terra; verão e inverno tu os formaste.

¹⁸ Lembra-te disto: que o inimigo afrontou ao Senhor e que um povo louco blasfemou o teu nome.

¹⁹ Não entregues às feras a alma da tua rola; não te esqueças para sempre da vida dos teus aflitos.

²⁰ Atende a tua aliança; pois os lugares tenebrosos da terra estão cheios de moradas de crueldade.

²¹ Oh, não volte envergonhado o oprimido; louvem o teu nome o aflito e o necessitado.

²² Levanta-te, ó Deus, pleiteia a tua própria causa; lembra-te da afronta que o louco te faz cada dia.

²³ Não te esqueças dos gritos dos teus inimigos; o tumulto daqueles que se levantam contra ti aumenta continuamente.

Contexto do Salmo 74

O Salmo 74 é uma oração comunitária, provavelmente escrita durante ou após a destruição do templo em Jerusalém. O salmista clama a Deus, lembrando-lhe de sua aliança e pedindo intervenção contra os inimigos que profanaram o santuário. Este salmo expressa a dor e o desespero do povo de Deus, mas também reafirma a confiança na justiça divina.

Clamor por Ajuda

O salmista começa questionando a aparente rejeição de Deus e clama por ajuda:

“Ó Deus, por que nos rejeitaste para sempre? Por que se acende a tua ira contra as ovelhas do teu pasto?” (Salmo 74:1)

Este clamor inicial reflete a profunda angústia e o desejo desesperado de intervenção divina.

Recordação das Maravilhas de Deus

O salmista relembra os feitos poderosos de Deus no passado, como a criação e a libertação do Egito:

“Tu dividiste o mar pela tua força; quebrantaste as cabeças dos monstros das águas.” (Salmo 74:13)

Essas recordações servem para reforçar a confiança na capacidade de Deus de salvar e restaurar Seu povo.

Pedido de Justiça

O salmo também é um pedido de justiça, clamando a Deus para que Ele intervenha contra os inimigos que blasfemaram Seu nome e destruíram Seu santuário:

“Levanta-te, ó Deus, pleiteia a tua própria causa; lembra-te da afronta que o louco te faz cada dia.” (Salmo 74:22)

Este pedido reflete a esperança de que Deus traga justiça e restauração.

Quem Escreveu o Salmo 74?

O Salmo 74 é atribuído a Asafe, um dos líderes dos levitas nomeados por Davi para ministrar diante da arca da aliança do Senhor. Asafe é conhecido por seus salmos que frequentemente abordam temas de justiça divina, lamento e súplica. Neste salmo, Asafe expressa a angústia do povo de Deus diante da destruição e profanação do templo.

Salmo 74 completo para imprimir

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Conclusão

O Salmo 74 nos ensina sobre a importância de clamar a Deus em tempos de desespero e confiar em Sua justiça. Mesmo diante da destruição e opressão, o salmista relembra os feitos poderosos de Deus e pede por intervenção divina. Que possamos, como o salmista, buscar a Deus em momentos de dificuldade e confiar em Sua capacidade de restaurar e trazer justiça.

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Salmo 73 completo

¹ Verdadeiramente bom é Deus para com Israel, para com os limpos de coração.

² Quanto a mim, os meus pés quase que se desviaram; pouco faltou para que escorregassem os meus passos.

³ Pois eu tinha inveja dos néscios, quando via a prosperidade dos ímpios.

⁴ Porque não há apertos na sua morte, mas firme está a sua força.

⁵ Não se acham em trabalhos como outros homens, nem são afligidos como outros homens.

⁶ Por isso a soberba os cerca como um colar; vestem-se de violência como de adorno.

⁷ Os olhos deles estão inchados de gordura; eles têm mais do que o coração podia desejar.

⁸ São corrompidos e tratam maliciosamente de opressão; falam arrogantemente.

⁹ Põem as suas bocas contra os céus, e as suas línguas andam pela terra.

¹⁰ Por isso o povo dele volta aqui, e águas de copo cheio se lhes espremem.

¹¹ E eles dizem: Como o sabe Deus? Há conhecimento no Altíssimo?

¹² Eis que estes são ímpios, e prosperam no mundo; aumentam em riquezas.

¹³ Na verdade que em vão tenho purificado o meu coração; e lavei as minhas mãos na inocência.

¹⁴ Pois todo o dia tenho sido afligido, e castigado cada manhã.

¹⁵ Se eu dissesse: Falarei assim; eis que ofenderia a geração de teus filhos.

¹⁶ Quando pensava em entender isto, foi para mim muito doloroso;

¹⁷ Até que entrei no santuário de Deus; então entendi eu o fim deles.

¹⁸ Certamente tu os puseste em lugares escorregadios; tu os lanças em destruição.

¹⁹ Como caem na desolação, quase num momento! Ficam totalmente consumidos de terrores.

²⁰ Como um sonho, quando se acorda, assim, ó Senhor, quando acordares, desprezarás a aparência deles.

²¹ Assim o meu coração se azedou, e sinto picadas nos meus rins.

²² Assim me embruteci, e nada sabia; fiquei como um animal perante ti.

²³ Todavia estou de contínuo contigo; tu me sustentaste pela minha mão direita.

²⁴ Guiar-me-ás com o teu conselho, e depois me receberás na glória.

²⁵ Quem tenho eu no céu senão a ti? e na terra não há quem eu deseje além de ti.

²⁶ A minha carne e o meu coração desfalecem; mas Deus é a fortaleza do meu coração, e a minha porção para sempre.

²⁷ Pois eis que os que se alongam de ti, perecerão; tu tens destruído todos aqueles que se desviam de ti.

²⁸ Mas para mim, bom é aproximar-me de Deus; pus a minha confiança no Senhor DEUS, para anunciar todas as tuas obras.

Contexto do Salmo 73

Escrito por Asafe, um dos líderes dos levitas, o Salmo 73 aborda uma questão atemporal: por que os ímpios prosperam enquanto os justos sofrem? Asafe expressa sua luta interna ao observar a aparente injustiça no mundo, mas encontra consolo e compreensão ao buscar a perspectiva divina.

A Luta Interna de Asafe

Asafe começa o salmo reconhecendo a bondade de Deus, mas admite sua inveja dos ímpios que prosperam:

“Pois eu tinha inveja dos néscios, quando via a prosperidade dos ímpios.” (Salmo 73:3)

Ele descreve como os ímpios parecem viver vidas sem problemas, acumulando riqueza e poder, enquanto os justos enfrentam dificuldades.

A Revelação no Santuário

A transformação de Asafe ocorre quando ele entra no santuário de Deus e compreende o destino final dos ímpios:

“Até que entrei no santuário de Deus; então entendi eu o fim deles.” (Salmo 73:17)

No santuário, Asafe percebe que a prosperidade dos ímpios é temporária e que seu fim será de destruição. Ele entende que a verdadeira recompensa está na fidelidade a Deus.

A Presença Constante de Deus

Asafe encontra consolo na presença constante de Deus em sua vida:

“Todavia estou de contínuo contigo; tu me sustentaste pela minha mão direita.” (Salmo 73:23)

Ele reconhece que, apesar das dificuldades, Deus está sempre ao seu lado, guiando-o e sustentando-o.

A Conclusão de Asafe

No final, Asafe afirma que estar perto de Deus é a maior bênção de todas:

“Mas para mim, bom é aproximar-me de Deus; pus a minha confiança no Senhor Deus, para anunciar todas as tuas obras.” (Salmo 73:28)

Ele decide confiar em Deus e proclamar Suas obras, encontrando paz e propósito na presença divina.

Lições do Salmo 73

1. Perspectiva Eterna: O salmo nos lembra de buscar a perspectiva eterna de Deus, especialmente quando enfrentamos injustiças aparentes.
2. Confiança em Deus: A presença constante de Deus é uma fonte de consolo e força, mesmo em tempos de dificuldades.
3. Importância da Adoração: Entrar no santuário de Deus e adorar é crucial para encontrar clareza e paz.

Quem Escreveu o Salmo 73?

O Salmo 73 foi escrito por Asafe, um dos líderes dos levitas nomeados por Davi para ministrar diante da arca da aliança do Senhor. Asafe é creditado como autor de vários salmos, e suas composições frequentemente abordam temas de justiça divina e a luta entre o bem e o mal. Neste salmo, Asafe expressa sua frustração inicial ao ver a prosperidade dos ímpios, mas encontra compreensão e consolo ao buscar a presença de Deus.

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Conclusão

O Salmo 73 nos ensina a importância de buscar a perspectiva divina em meio às lutas e injustiças da vida. Ao confiar em Deus e permanecer em Sua presença, encontramos consolo e compreensão. Que possamos, como Asafe, buscar a proximidade com Deus e confiar em Sua justiça eterna.

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Salmo 72 completo

¹ Ó Deus, dá ao rei os teus juízos, e a tua justiça ao filho do rei.

² Ele julgará ao teu povo com justiça, e aos teus pobres com juízo.

³ Os montes trarão paz ao povo, e os outeiros, justiça.

⁴ Julgará os aflitos do povo, salvará os filhos do necessitado, e quebrantará o opressor.

⁵ Temer-te-ão enquanto durarem o sol e a lua, de geração em geração.

⁶ Ele descerá como chuva sobre a erva ceifada, como os chuveiros que umedecem a terra.

⁷ Nos seus dias florescerá o justo, e abundância de paz haverá enquanto durar a lua.

⁸ Dominará de mar a mar, e desde o rio até às extremidades da terra.

⁹ Aqueles que habitam no deserto se inclinarão ante ele, e os seus inimigos lamberão o pó.

¹⁰ Os reis de Társis e das ilhas trarão presentes; os reis de Sabá e de Seba oferecerão dons.

¹¹ E todos os reis se prostrarão perante ele; todas as nações o servirão.

¹² Porque ele livrará ao necessitado quando clamar, como também ao aflito e ao que não tem quem o ajude.

¹³ Compadecer-se-á do pobre e do aflito, e salvará as almas dos necessitados.

¹⁴ Libertará as suas almas do engano e da violência, e precioso será o seu sangue aos olhos dele.

¹⁵ E viverá, e se lhe dará do ouro de Sabá; e continuamente se fará por ele oração; e todos os dias o bendirão.

¹⁶ Haverá um punhado de trigo na terra sobre as cabeças dos montes; o seu fruto se moverá como o Líbano, e os da cidade florescerão como a erva da terra.

¹⁷ O seu nome permanecerá eternamente; o seu nome se irá propagando de pais a filhos enquanto o sol durar, e os homens serão abençoados nele; todas as nações lhe chamarão bem-aventurado.

¹⁸ Bendito seja o Senhor Deus, o Deus de Israel, que só ele faz maravilhas.

¹⁹ E bendito seja para sempre o seu nome glorioso; e encha-se toda a terra da sua glória. Amém e Amém.

²⁰ Aqui acabam as orações de Davi, filho de Jessé.

Contexto do Salmo 72

O Salmo 72 é uma oração pelo rei, provavelmente escrita por Davi para seu filho Salomão, que se tornaria rei de Israel. O salmo pede a Deus que dê ao rei sabedoria e justiça para governar o povo de maneira justa e piedosa. Ele também descreve as bênçãos e prosperidade que acompanharão um reinado justo.

Justiça e Paz

O salmista pede que o rei julgue o povo com justiça e que a paz prevaleça:

“Ele julgará ao teu povo com justiça, e aos teus pobres com juízo. Os montes trarão paz ao povo, e os outeiros, justiça.” (Salmo 72:2-3)

A justiça e a paz são características fundamentais de um reinado abençoado por Deus. Quando os líderes governam com equidade, toda a nação prospera.

Cuidado pelos Necessitados

O salmo enfatiza a importância de cuidar dos necessitados e oprimidos:

“Julgará os aflitos do povo, salvará os filhos do necessitado, e quebrantará o opressor.” (Salmo 72:4)

O verdadeiro líder, segundo os preceitos divinos, deve mostrar compaixão e defender os direitos dos pobres e necessitados, protegendo-os da opressão.

Prosperidade e Abundância

Nos dias de um reinado justo, haverá prosperidade e abundância:

“Nos seus dias florescerá o justo, e abundância de paz haverá enquanto durar a lua.” (Salmo 72:7)

A prosperidade é vista como uma bênção divina que acompanha a justiça e a paz. A abundância de paz e recursos materiais é um sinal do favor de Deus sobre um reinado justo.

Reconhecimento Global

O salmo prevê que um rei justo será reconhecido e honrado por outras nações:

“Os reis de Társis e das ilhas trarão presentes; os reis de Sabá e de Seba oferecerão dons. E todos os reis se prostrarão perante ele; todas as nações o servirão.” (Salmo 72:10-11)

Este reconhecimento global reflete a influência positiva de um reinado justo, que inspira respeito e admiração em todo o mundo.

Quem Escreveu o Salmo 72?

O Salmo 72 é tradicionalmente atribuído a Davi, que o teria escrito para seu filho Salomão. É uma oração pedindo a bênção de Deus sobre o reinado de Salomão, desejando-lhe sabedoria, justiça e prosperidade.

Salmo 72 completo para imprimir

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Conclusão

O Salmo 72 nos oferece uma visão de um reinado ideal, fundamentado na justiça divina e na preocupação pelos necessitados. Ele nos lembra da importância de líderes que governam com sabedoria e compaixão, promovendo a paz e a prosperidade para todos. Que possamos orar por nossos líderes e pedir que Deus os guie com Sua justiça e sabedoria.

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Salmo 71 completo

 Em ti, SENHOR, confio; nunca seja eu confundido.

² Livra-me na tua justiça, e faze-me escapar; inclina os teus ouvidos para mim, e salva-me.

³ Sê tu a minha habitação forte, à qual possa recorrer continuamente. Deste um mandamento que me salva, pois tu és a minha rocha e a minha fortaleza.

⁴ Livra-me, meu Deus, das mãos do ímpio, das mãos do homem injusto e cruel.

⁵ Pois tu és a minha esperança, Senhor DEUS; tu és a minha confiança desde a minha mocidade.

⁶ Por ti tenho sido sustentado desde o ventre; tu és aquele que me tiraste das entranhas de minha mãe; o meu louvor será para ti constantemente.

⁷ Sou como um prodígio para muitos, mas tu és o meu refúgio forte.

⁸ Encha-se a minha boca do teu louvor e da tua glória todo o dia.

⁹ Não me rejeites no tempo da velhice; não me desampares, quando se for acabando a minha força.

¹⁰ Porque os meus inimigos falam contra mim, e os que espiam a minha alma consultam juntos,

¹¹ Dizendo: Deus o desamparou; persegui-o e tomai-o, pois não há quem o livre.

¹² Ó Deus, não te alongues de mim; meu Deus, apressa-te em ajudar-me.

¹³ Sejam confundidos e consumidos os que são adversários da minha alma; cubram-se de opróbrio e de confusão aqueles que procuram o meu mal.

¹⁴ Mas eu esperarei continuamente, e te louvarei cada vez mais.

¹⁵ A minha boca manifestará a tua justiça e a tua salvação todo o dia, pois não conheço o número delas.

¹⁶ Sairei na força do Senhor DEUS, farei menção da tua justiça, e só dela.

¹⁷ Ensinaste-me, ó Deus, desde a minha mocidade; e até aqui tenho anunciado as tuas maravilhas.

¹⁸ Agora também, quando estou velho e de cabelos brancos, não me desampares, ó Deus, até que tenha anunciado a tua força a esta geração, e o teu poder a todos os vindouros.

¹⁹ Também a tua justiça, ó Deus, está muito alta, pois fizeste grandes coisas. Ó Deus, quem é semelhante a ti?

²⁰ Tu, que me tens feito ver muitos males e angústias, me darás ainda a vida, e me tirarás dos abismos da terra.

²¹ Aumentarás a minha grandeza, e de novo me consolarás.

²² Também eu te louvarei com o saltério, bem como à tua verdade, ó meu Deus; cantarei com harpa a ti, ó Santo de Israel.

²³ Os meus lábios exultarão quando eu te cantar, assim como a minha alma, que tu remiste.

²⁴ A minha língua falará da tua justiça todo o dia; pois estão confundidos e envergonhados aqueles que procuram o meu mal.

Contexto do Salmo 71

O Salmo 71 é uma súplica de um idoso que busca a proteção e a ajuda de Deus contra seus inimigos. Ele reflete a confiança contínua de um servo fiel que tem dependido de Deus ao longo de toda a sua vida. Este salmo é uma expressão de fé, mesmo quando confrontado com dificuldades e adversidades.

A Confiança em Deus desde a Juventude

O salmista expressa sua confiança em Deus desde a juventude:

“Pois tu és a minha esperança, Senhor Deus; tu és a minha confiança desde a minha mocidade.” (Salmo 71:5)

Esta confiança contínua em Deus ao longo da vida é um testemunho poderoso da fidelidade divina e da importância de cultivar um relacionamento íntimo com Deus desde cedo.

Deus como Refúgio e Fortaleza

O salmista clama a Deus por proteção, reconhecendo-o como sua rocha e fortaleza:

“Sê tu a minha habitação forte, à qual possa recorrer continuamente; deste um mandamento que me salva; pois tu és a minha rocha e a minha fortaleza.” (Salmo 71:3)

Esta metáfora de Deus como refúgio e fortaleza enfatiza a segurança e a proteção que Ele oferece aos que confiam Nele.

A Perseverança na Velhice

O salmo também destaca a importância de confiar em Deus na velhice e buscar Sua ajuda continuamente:

“Não me rejeites no tempo da velhice; não me desampares, quando for consumida a minha força.” (Salmo 71:9)

Mesmo na velhice, o salmista continua a louvar a Deus e a proclamar Suas maravilhas, mostrando que a fé e a devoção a Deus são essenciais em todas as fases da vida.

Quem Escreveu o Salmo 71?

Embora o autor exato do Salmo 71 não seja especificado, acredita-se que tenha sido escrito por Davi, dado o estilo e a temática semelhantes a outros salmos atribuídos a ele. A profunda confiança em Deus e a busca por Sua proteção refletem a vida e a fé de Davi.

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Conclusão

O Salmo 71 nos ensina sobre a importância de confiar em Deus em todas as fases da vida. Desde a juventude até a velhice, devemos buscar a proteção e a força divina, louvando a Deus por Sua fidelidade e maravilhas. Que possamos, como o salmista, fazer de Deus nossa fortaleza e refúgio em todos os momentos.

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João Paulo

Amo servir à Deus e viver uma vida em comunhão com a minha fé. Buscando um caminho de luz e tentando ao máximo fazer você seguir esse caminho junto comigo.

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Salmo 70 completo

Apressa-te, ó Deus, em me livrar; SENHOR, apressa-te em ajudar-me. Fiquem envergonhados e confundidos os que procuram a minha alma; voltem para trás e confundam-se os que me desejam mal. Voltem as costas como recompensa da sua vergonha os que dizem: Ah! Ah! Folgarem e alegrarem-se em ti todos os que te buscam; e aqueles que amam a tua salvação digam continuamente: Engrandecido seja Deus. Eu, porém, estou aflito e necessitado; apressa-te por mim, ó Deus. Tu és o meu auxílio e o meu libertador; SENHOR, não te detenhas.

Contexto do Salmo 70

Este salmo é uma súplica urgente por ajuda e livramento. É uma versão abreviada do Salmo 40:13-17, focando na necessidade imediata de socorro divino. Davi clama a Deus para que intervenha rapidamente diante dos seus inimigos e da sua aflição.

O Clamor por Ajuda Imediata

O salmo começa com um pedido urgente de ajuda:

“Apressa-te, ó Deus, em me livrar; SENHOR, apressa-te em ajudar-me.” (Salmo 70:1)

Davi expressa sua necessidade desesperada por socorro, mostrando que, em momentos de grande aflição, podemos e devemos clamar a Deus com urgência.

A Confusão dos Inimigos

Ele pede que seus inimigos sejam envergonhados:

“Fiquem envergonhados e confundidos os que procuram a minha alma.” (Salmo 70:2)

O desejo de Davi é que aqueles que o perseguem e desejam seu mal sejam confundidos e voltem atrás envergonhados, mostrando a justiça de Deus em ação.

A Alegria dos Justos

Davi também ora para que os justos se alegrem:

“Folgarem e alegrarem-se em ti todos os que te buscam.” (Salmo 70:4)

A alegria dos que buscam a Deus e amam a Sua salvação é um tema central, destacando que aqueles que confiam no Senhor encontrarão alegria e satisfação.

Quem Escreveu o Salmo 70?

O Salmo 70 é atribuído ao rei Davi, um dos mais prolíficos autores de salmos. Conhecido por sua honestidade e paixão em suas orações, Davi frequentemente clamava a Deus em tempos de necessidade, servindo de exemplo de fé e dependência divina.

Salmo 70 completo para imprimir

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Conclusão

O Salmo 70 nos ensina a importância de clamar a Deus com urgência em tempos de necessidade. A confiança de Davi na ajuda imediata de Deus é um poderoso lembrete de que podemos depender da intervenção divina em nossas vidas.

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Salmo 69 completo

¹ Livra-me, ó Deus, pois as águas entraram até à minha alma.

² Atolei-me em profundo lamaçal, onde se não pode estar em pé; entrei na profundeza das águas, onde a corrente me leva.

³ Estou cansado de clamar; a minha garganta se secou; os meus olhos desfalecem esperando o meu Deus.

⁴ Aqueles que me odeiam sem causa são mais do que os cabelos da minha cabeça; aqueles que procuram destruir-me, sendo injustamente meus inimigos, são poderosos; então restituí o que não furtei.

⁵ Tu, ó Deus, bem conheces a minha estultice; e os meus pecados não te são encobertos.

⁶ Não sejam envergonhados por minha causa aqueles que esperam em ti, ó Senhor, DEUS dos Exércitos; não sejam confundidos por minha causa aqueles que te buscam, ó Deus de Israel.

⁷ Porque por amor de ti tenho suportado afrontas; a confusão cobriu o meu rosto.

⁸ Tenho-me tornado um estranho para com meus irmãos, e um desconhecido para com os filhos de minha mãe.

⁹ Pois o zelo da tua casa me devorou, e as afrontas dos que te afrontam caíram sobre mim.

¹⁰ Quando chorei, e castiguei com jejum a minha alma, isto se me tornou em afrontas.

¹¹ Pus por vestido um saco, e me fiz um provérbio para eles.

¹² Aqueles que se assentam à porta falam contra mim; e fui o cântico dos bebedores de bebida forte.

¹³ Eu, porém, faço a minha oração a ti, Senhor, num tempo aceitável; ó Deus, ouve-me segundo a grandeza da tua misericórdia, segundo a verdade da tua salvação.

¹⁴ Tira-me do lamaçal, e não me deixes atolar; seja eu livre dos que me odeiam, e das profundezas das águas.

¹⁵ Não me leve a corrente das águas, e não me absorva ao profundo, nem o poço cerre a sua boca sobre mim.

¹⁶ Ouve-me, Senhor, pois boa é a tua misericórdia. Olha para mim segundo a tua muitíssima piedade.

¹⁷ E não escondas o teu rosto do teu servo, porque estou angustiado; ouve-me depressa.

¹⁸ Aproxima-te da minha alma, e resgata-a; livra-me por causa dos meus inimigos.

¹⁹ Bem tens conhecido a minha afronta, e a minha vergonha, e a minha confusão; diante de ti estão todos os meus adversários.

²⁰ Afrontas me quebrantaram o coração, e estou fraquíssimo; esperei por alguém que tivesse compaixão, mas não houve nenhum; e por consoladores, mas não os achei.

²¹ Deram-me fel por mantimento, e na minha sede me deram a beber vinagre.

²² Torne-se-lhes a sua mesa diante deles em laço, e a prosperidade em armadilha.

²³ Escureçam-se-lhes os seus olhos, para que não vejam, e faze com que os seus lombos tremam constantemente.

²⁴ Derrama sobre eles a tua indignação, e prenda-os o ardor da tua ira.

²⁵ Fique desolado o seu palácio; e não haja quem habite nas suas tendas.

²⁶ Pois perseguem àquele a quem feriste, e conversam sobre a dor daqueles a quem chagaste.

²⁷ Acrescenta iniqüidade à iniqüidade deles, e não entrem na tua justiça.

²⁸ Sejam riscados do livro dos vivos, e não sejam inscritos com os justos.

²⁹ Eu, porém, sou pobre e estou triste; ponha-me a tua salvação, ó Deus, num alto retiro.

³⁰ Louvarei o nome de Deus com um cântico, e engrandecê-lo-ei com ação de graças.

³¹ Isto será mais agradável ao Senhor do que boi, ou bezerro que tem chifres e unhas.

³² Os mansos verão isto, e se agradarão; o vosso coração viverá, pois que buscais a Deus.

³³ Porque o Senhor ouve os necessitados, e não despreza os seus cativos.

³⁴ Louvem-no os céus e a terra, os mares e tudo quanto neles se move.

³⁵ Porque Deus salvará a Sião, e edificará as cidades de Judá; para que habitem ali e a possuam.

³⁶ E herdá-la-á a semente de seus servos, e os que amam o seu nome habitarão nela.

Contexto do Salmo 69

O Salmo 69 é uma súplica de socorro em meio à profunda angústia. O salmista clama a Deus por salvação diante das adversidades e inimigos que o cercam. Este salmo é frequentemente associado a Cristo, especialmente em relação às suas aflições e rejeições.

O Clamor por Salvação

O salmo inicia com um desesperado pedido de ajuda:

“Salva-me, ó Deus, porque as águas entraram até à minha alma.” (Salmo 69:1)

O salmista sente-se afogado pelas dificuldades e busca a intervenção divina para ser resgatado. Este sentimento de desespero é algo que muitos de nós podemos relacionar, lembrando-nos de confiar em Deus nos momentos mais difíceis.

A Injustiça Sofrida

O salmista descreve a injustiça que enfrenta:

“Aqueles que me odeiam sem causa são mais do que os cabelos da minha cabeça.” (Salmo 69:4)

Esta perseguição sem motivo é um tema recorrente, destacando a realidade de enfrentar ódio e oposição sem causa. A perseverança do salmista, mesmo em face de tais adversidades, é um exemplo de fé e resistência.

O Apelo à Justiça Divina

Ele clama por justiça contra seus opressores:

“Derrama sobre eles a tua indignação, e prenda-os o ardor da tua ira.” (Salmo 69:24)

O salmista pede que Deus traga justiça contra aqueles que o perseguem injustamente. Esta busca por justiça reflete um desejo profundo de ver a retidão de Deus prevalecer.

Quem Escreveu o Salmo 69?

O Salmo 69 é atribuído ao rei Davi, que escreveu muitos salmos de lamentação e súplica. Davi frequentemente expressava sua angústia e confiança em Deus através de suas composições, oferecendo um modelo de oração sincera e fervorosa.

Salmo 69 completo para imprimir

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Conclusão

O Salmo 69 nos ensina a importância de clamar a Deus em tempos de angústia e de confiar em Sua justiça. Através da oração sincera, podemos encontrar conforto e esperança na certeza de que Deus ouve e responde aos nossos pedidos de ajuda.

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Salmo 68 completo

¹ Levante-se Deus, e sejam dissipados os seus inimigos; fugirão de diante dele os que o odeiam.

² Como se impele a fumaça, assim tu os impeles; assim como a cera se derrete diante do fogo, assim pereçam os ímpios diante de Deus.

³ Mas alegrem-se os justos, e se regozijem na presença de Deus, e folguem de alegria.

⁴ Cantai a Deus, cantai louvores ao seu nome; louvai aquele que vai montado sobre os céus, pois o seu nome é Senhor, e exultai diante dele.

⁵ Pai de órfãos e juiz de viúvas é Deus, no seu lugar santo.

⁶ Deus faz que o solitário viva em família; liberta aqueles que estão presos em grilhões; mas os rebeldes habitam em terra seca.

⁷ Ó Deus, quando saías diante do teu povo, quando caminhavas pelo deserto, (Selá.).

⁸ A terra abalava-se, e os céus destilavam perante a face de Deus; até o próprio Sinai foi comovido na presença de Deus, do Deus de Israel.

⁹ Tu, ó Deus, mandaste a chuva em abundância, confortaste a tua herança, quando estava cansada.

¹⁰ Nela habitava o teu rebanho; tu, ó Deus, fizeste provisão da tua bondade para o pobre.

¹¹ O Senhor deu a palavra; grande era o exército dos que anunciavam as boas novas.

¹² Reis de exércitos fugiram à pressa; e aquela que ficava em casa repartia os despojos.

¹³ Ainda que vos tenhais deitado entre redis, contudo sereis como as asas duma pomba, cobertas de prata, e as suas penas, de ouro amarelo.

¹⁴ Quando o Onipotente ali espalhou os reis, foi como a neve em Salmon.

¹⁵ O monte de Deus é como o monte de Basã, um monte elevado como o monte de Basã.

¹⁶ Por que saltais, ó montes elevados? Este é o monte que Deus desejou para a sua habitação, e o Senhor habitará nele eternamente.

¹⁷ Os carros de Deus são vinte milhares, milhares de milhares. O Senhor está entre eles, como em Sinai, no lugar santo.

¹⁸ Tu subiste ao alto, levaste cativo o cativeiro, recebeste dons para os homens, e até para os rebeldes, para que o Senhor Deus habitasse entre eles.

¹⁹ Bendito seja o Senhor, que de dia em dia nos carrega de benefícios; o Deus que é a nossa salvação. (Selá.).

²⁰ O nosso Deus é o Deus da salvação; e a DEUS, o Senhor, pertencem os livramentos da morte.

²¹ Mas Deus ferirá gravemente a cabeça de seus inimigos e o crânio cabeludo do que anda em suas culpas.

²² Disse o Senhor: Eu os farei voltar de Basã, farei voltar o meu povo das profundezas do mar;

²³ Para que o teu pé mergulhe no sangue de teus inimigos, e no mesmo a língua dos teus cães.

²⁴ Ó Deus, eles têm visto os teus caminhos; os caminhos do meu Deus, meu Rei, no santuário.

²⁵ Os cantores iam adiante, os tocadores de instrumentos atrás; entre eles as donzelas tocando adufes.

²⁶ Celebrai a Deus nas congregações; ao Senhor, desde a fonte de Israel.

²⁷ Ali está o pequeno Benjamim, que domina sobre eles, os príncipes de Judá com o seu ajuntamento, os príncipes de Zebulom e os príncipes de Naftali.

²⁸ O teu Deus ordenou a tua força; fortalece, ó Deus, o que já fizeste para nós.

²⁹ Por amor do teu templo em Jerusalém, os reis te trarão presentes.

³⁰ Repreende asperamente as feras dos canaviais, a multidão dos touros, com os novilhos dos povos, até que cada um se submeta com peças de prata; dissipa os povos que desejam a guerra.

³¹ Príncipes virão do Egito; a Etiópia cedo estenderá para Deus as suas mãos.

³² Reinos da terra, cantai a Deus, cantai louvores ao Senhor. (Selá.)

³³ Àquele que vai montado sobre os céus dos céus, que existiam desde a antiguidade; eis que envia a sua voz, dá um brado veemente.

³⁴ Atribuí a Deus fortaleza; a sua excelência está sobre Israel e a sua fortaleza nas mais altas nuvens.

³⁵ Ó Deus, tu és tremendo desde os teus santuários; o Deus de Israel é o que dá força e poder ao seu povo. Bendito seja Deus!

A Grandeza de Deus

Desde o início, o Salmo 68 proclama a majestade e o poder de Deus. Ele é descrito como Aquele que se levanta e faz Seus inimigos fugirem. O salmo começa com um chamado à celebração:

“Levanta-se Deus, dispersam-se os seus inimigos; fogem diante dele os que o odeiam.” (Salmo 68:1)

Aqui, vemos uma imagem poderosa de Deus se levantando em Sua glória, causando a dispersão de Seus inimigos. Esta imagem reflete a supremacia divina sobre todas as forças do mal e a segurança que os fiéis encontram em Seu poder.

Deus, o Protetor dos Oprimidos

Uma característica marcante do Salmo 68 é a ênfase na compaixão de Deus pelos vulneráveis. Ele é descrito como pai dos órfãos e defensor das viúvas, mostrando Seu coração misericordioso:

“Pai dos órfãos e defensor das viúvas é Deus em sua santa habitação.” (Salmo 68:5)

Esta passagem nos lembra que Deus se preocupa profundamente com aqueles que estão em necessidade. Ele é um refúgio seguro para os oprimidos e uma fonte de justiça para os injustiçados.

A Libertação do Seu Povo

O Salmo 68 também celebra as grandes obras de libertação que Deus realizou na história de Israel. Ele menciona eventos como a libertação do Egito e a jornada pelo deserto, destacando a fidelidade de Deus em guiar e proteger Seu povo:

“Tu, ó Deus, fizeste uma generosa chuva cair; renovaste a tua herança exausta.” (Salmo 68:9)

Aqui, a chuva simboliza a bênção e a provisão de Deus, renovando e revigorando Seu povo. Esta imagem é um lembrete do cuidado constante de Deus e de Sua presença sustentadora.

A Vitória Final

O salmo conclui com uma visão de triunfo e glória. Deus é exaltado acima dos céus e reconhecido como o Rei soberano sobre toda a terra. Sua vitória é completa e Sua justiça, perfeita:

“Reinos da terra, cantem a Deus, louvem o Senhor.” (Salmo 68:32)

Este chamado à adoração global destaca a extensão do reinado de Deus e convida todos os povos a reconhecerem Sua grandeza e soberania.

Quem Escreveu o Salmo 68?

O Salmo 68 é atribuído ao rei Davi, um dos mais proeminentes autores de salmos na Bíblia. Davi foi o segundo rei de Israel e é conhecido por sua profunda espiritualidade e habilidade musical. Sua autoria é indicada na introdução do salmo, onde se lê: “Ao mestre de canto. Salmo de Davi. Cântico.”

Davi escreveu muitos salmos durante sua vida, expressando uma ampla gama de emoções e experiências, desde louvor e gratidão até arrependimento e súplica. Ele foi inspirado por suas próprias vivências como pastor, guerreiro, e rei, bem como por seu relacionamento íntimo com Deus.

Acredita-se que o Salmo 68 foi escrito para celebrar uma vitória militar ou um evento significativo na história de Israel, como a transferência da Arca da Aliança para Jerusalém. Este salmo reflete a profunda fé de Davi em Deus como o soberano protetor e libertador do Seu povo.

Salmo 68 para imprimir

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Conclusão

O Salmo 68 é uma poderosa declaração da grandeza de Deus, Sua justiça e Seu cuidado pelos oprimidos. Ele nos lembra que Deus é nosso protetor e libertador, digno de todo louvor e adoração. Ao meditarmos neste salmo, somos inspirados a confiar na soberania divina e a louvar a Deus por Suas maravilhosas obras em nossas vidas.

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